do projeto "mineração em minas gerais e seus efeitos negativos". arte política fora e para/na escola pública.
aqui, oficializo o início das ações neste projeto que começo comigo e com as crianças, na escola, em nome da informação primeiramente, e também em nome da sensibilização dentro deste assunto que faz parte das vidas mineiras desde os primórdios do brasil.
arte e política. arte política. arte: transformadora, a serviço da humanização.
gmf.
primeira ação:
ação e imagens: gmf.
arte e política. arte política. arte: transformadora, a serviço da humanização.
gmf.
primeira ação:
eu fui de novo
pela primeira vez após a segunda tragédia criminosa da mineração em minas
gerais, à beira do rio paraopeba, num trecho dele que fica metros abaixo de uma
casa de roça de um tio que escolheu a reclusão dentro de algum mato e pouca
cidade.
eu já havia
preparado os barquinhos de papel, numa proposta de homenagem, oração, poesia em
reação ao caos... foram 15 singelos
barcos com palavras em pequenas bandeiras. 15 pequenos objetos de papel que
carregaram por alguns minutos rio abaixo, palavras que são lembranças de
essências na e da vida de um planeta e de um estado (mg) marcado pela predação minerária
há séculos de sua história após a chegada do europeu por aqui.
Fui à margem
acompanhada de alguns familiares. Depositamos os barquinhos nas águas do
paraopeba naquele trecho onde a visão humana não detecta hoje o que tem e teve
de lama tóxica e carregada de destroços que desceu por quase toda extensão
deste importante rio da região metropolitana da capital mineira.
Lembrei e lembro
do rio doce... há quatro anos, foi ele, o destruído pela ganância de alguns que
se autoidentificam como poderosos do mundo. Nessa época, o barro imundo chegou
à beira do mar, no espírito santo.
Na aparência
calma ou agitada dos rios, não se percebe hoje a lama, a toxidade, o veneno da
usura, o desespero das horas imediatas dos acontecimentos nos locais pontuais
de onde as avalanches partiram. A cor vermelha ferrugem (de ferro. Além dos
químicos adicionados) retornará a cada período de chuva, até algum dia no
tempo. Nos relembrará a tod@s que os rios estão adoecidos, interditados,
desviados de suas funções de serem rios...
Os poucos
barquinhos no trecho do paraopeba por alguns minutos, onde um tio tem uma casa
para descanso das loucuras de uma cidade grande, são simbólicos. Representam
principalmente, a minha vontade de ver o rio (e os rios) vivo e abundante,
assim como as pessoas, as matas, os animais, as montanhas, os lares... o desejo
de que o ser humano já fosse capaz como espécie, de se auto proteger e também ao
sistema integral que nos mantém a tod@s. demonstra ainda, minha oração, meu
envio de vibração ao rio, um organismo, um ser vivente da natureza pura e
verdadeira que nos oferece de si com a grandeza que somente a natureza ainda é
capaz (além de alguns pouc@s evoluid@s que nos acompanham).
Não foi uma ação
política, pois anônima. Política será (a que está em preparo por mim) a ação
junto às crianças, na escola.
VIVA RIO! NASÇA
CONSCIENTIZAÇÃO HUMANA! RENASÇA O RESPEITO!
obs: eu desejo que este trabalho, que será extenso e profundo, seja grande onde for existir e para o fim pelo qual o projeto está sendo criado.
gmf.
ação e imagens: gmf.
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