visitei efigênia rolim, que veio ministrar oficina
para crianças. juntas, construindo o penenem - um instrumento de sopro
artesanal, para “se comunicar com a floresta”.
a senhorinha miúda e esperta, com mais de 80 anos, é figura
e presença marcantes. seu trabalho é expressivo, belo e carregado de histórias.
ela diz que aproveita pra fazer arte com o que as pessoas comuns consideram
lixo. muitos acham que ela é louca, ela fala, mas enfatiza que tem mesmo “umas
doideiras”.
sua matéria prima vem do descarte alheio. seu universo é
poético, com um tanto de infância e também surreal em imaginação.
e por fim, ela corre, corre, corre e se joga no chão com as
pernas para o alto, balança o corpo e se levanta sem dificuldades. após os
contos, vai ao papel de bala, para a construção plástica.
que satisfação a minha, em ouvir um pouco a efigênia, com
seus casos e bonecos, só pra mim, por alguns minutos.
e, o que completa o deleite de sua obra e presença é a peça
teatral de sua sobrinha neta lélia rolim e companhia, “eles também falam de
amor”. a peça é magia, simplicidade, ‘intimidade’ e vida em poesia e plástica!
gmf.
registro fotográfico gmf.
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