Primeiro, eu vi as cataratas do
alto, enquanto o avião descia para o pouso. De repente, em meio à mata fechada,
no solo e saindo de entre nuvens espessas de chuva, lá apareciam elas! Do rio que
até lá corre lento e calmo à força veloz de descer um desnível do solo em
forma de degraus de escada. E de longe, do alto, o esfumaçado branco no topo
das quedas. Brancas águas envoltas pelo verde escuro. A vista do rio, das águas
indo para os saltos, o branco dos vapores subindo...! A imagem é exuberante!
Muito bonita foi a visão que tive de um dos lugares mais incríveis da natureza,
em nosso mundo!
Depois, fui até elas, no interior
da mata! Esperava para ver o espetáculo de sua figura e ação como noutro tempo
num teatro sentei-me na cadeira a frente do palco num bom lugar para assistir ao grupo de
dança Corpo pela primeira vez. E quão espetacular a dança, o caminhar e a
atividade mágica, vibrante e vigorosa do rio Iguaçu, nas cataratas! E, o que
começou como bruma distante mostrou-se em meu rosto e corpo todo como
refrescante e energética chuva fina, localizada nas beiras de quedas d’águas
esplêndidas, que lambem e acariciam caudalosamente o cânion que existe imenso
no trajeto do rio abaixo.
E logo após, foi como subir no palco! Caminhar
sobre as águas em trilhas longas, subir e descer entre pedras milenares e a
floresta densa, úmida, colorida e fresca! No topo de muitas quedas, quase no
interior de muitas cachoeiras!... O volume de água em determinado ponto me fez lembrar
o anseio de surfistas extremados, pela onda do tsunami no mar. Aqui, a queda
d’água máxima de algum fanático atleta do rafting! A exuberância é extasiante,
absoluta! A quantidade de água é hipnotizadora! Paraísos perdidos!... Força e
delicadeza. Também intercâmbio cultural pelo desejo dos povos de todo planeta
em vir assistir um, entre os maiores espetáculos naturais terrestres!
E por fim, para assisti-las
novamente, as cataratas! Rever e mais uma vez sentir sua magnitude incrível! A
natureza é assim, generosa mas exprime sua imponência. Nas cataratas do Iguaçu
a natureza é dadivosa aos olhares, mas não se deixa ser tocada, ela se impõe.
Não, nos não tocamos com o corpo este ser natural excepcional. Mas, ela oferece
os chuviscos de si mesma sobre nós. Não suportaríamos sua força e vigor
inteiros! Ela é quem nos toca, com as gotículas abundantes de uma energia de
banho suave e renovador!
gianemf.
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