inte(i)rando: catando fios finos de 4 cores diferentes. ganhando tempo!

eu tenho me lembrado muito do nino quincampoix, o moço do coração da amèlie. o cara, poético e curioso como era, tinha hábitos incomuns. e teve interessantes coleções de pisadas distraídas (ou, não) em cimento fresco pelas ruas, e de risadas excêntricas e muito engraçadas de pessoas anônimas. uma outra coleção, foi instrumento para se aproximarem, ele e a moça. era de fotos ¾ de rostos de pessoas que ele não conhecia. no entanto, catava as fotos ao pé de um compartimento de fotografias instantâneas que funcionava na estação do metrô. apanhava também partes rasgadas dessas fotografias, que pertenciam a um rosto “misterioso”. ele montava e as colocava em seu álbum de colecionador. o rosto foi descoberto mais tarde mas, o motivo de meu escrito não é relatar o desfecho da história (e quem se interessar, que assista ao filme: o fabuloso destino de amèlie poulin – 2000). o que me fez lembrá-lo nestes dias é que tenho ido buscar aos pés de uma pequena caixa de estação telefônica alguns araminhos coloridos deixados no chão pelo técnico. resquícios de seu trabalho. já sei que encontro duas vezes por semana e num dia são os fios laranja e preto e no outro, verde e branco. estou juntando um volume razoável para aulas de construções tridimensionais com as crianças e não para coleção. tenho me sentido meio “nino”, e estou achando isto bom. postarei as aulas quando elas houverem ocorrido.
gianemf.

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