breve histórico: desde outros tempos

Tenho algumas memórias antigas de um gosto e olhar voltados para questões ligadas à arte e à imagem, além da percepção ‘atenta’. Há pouco tempo passei a recordar naturalmente de momentos onde estas percepções visuais e estéticas, principalmente, se manifestavam quando eu era ainda bem criança (pequena. Na mesma época em que me interessava por dança e solicitava à minha mãe que me ingressasse em alguma escola de bairro).
Quatro momentos são bem marcantes, e foram; um deles foi quando das vezes em que íamos ao centro da cidade e passávamos de ônibus, num trecho do percurso onde havia um pequeno campo de flores (que na época me parecia imenso!), de uma floricultura que funcionava por lá. A plantação ficava num monte, acima de meu olhar, e eu sempre olhava. E apreciava tudo! O caminho, faço até hoje. As flores não existem mais por lá.
Outro momento foi numa certa noite em que minha mãe preparava o jantar. Eu e meu pai estávamos na mesa ao seu lado desenhando (acredito que eu o convidei à atividade porque isto é bem próprio das crianças). Lembro-me de meu pai elogiando meu desenho (e isto é bem próprio dos pais) mas, o mais marcante mesmo é a lembrança que tenho do prazer e da segurança que tive enquanto traçava as linhas no papel.
outra vez, no ônibus a caminho de qualquer lugar, eu costumava observar a sombra do próprio veículo no chão e suas deformações devido às oscilações e alterações das superfícies onde a sombra se projetava. Eu observava isto, acompanhando a trajetória da sombra, por minutos e minutos seguidos.
e enfim, lembro-me do Daniel azulay, mais pontualmente, dos seus traços construindo figuras (personagens) enquanto acompanhávamos a construção imediata de cada movimento no papel. E depois, os personagens se tornando animados! Que lembrança gostosa!são!

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